Broxmeyer
O transplante de sangue do cordão umbilical é um tratamento que tem sido largamente usado para doenças hematológicas e não hematológicas. Ainda não está claro por quanto tempo as unidades criopreservadas permanecem funcionais, e a duração da criopreservação é uma das dúvidas mais frequentes naqueles que mantém o sangue do cordão umbilical armazenado.
Em artigo científico publicado recentemente na revista científica Cell Reports Medicine os autores, que fizeram uma linda homenagem ao Dr.Broxmeyer colocando seu nome como primeiro autor, demonstraram que o sangue do cordão umbilical criopreservado a longo prazo retém números semelhantes de células-tronco hematopoéticas e células progenitoras em comparação com células frescas e unidades criopreservadas mais recentemente.
Segundo os autores, unidades criopreservadas de longo prazo contêm células altamente funcionais, capazes de produzir enxerto robusto em modelos de transplante de camundongos. Os autores também aproveitaram as diferenças entre unidades para examinar programas genéticos associados a um melhor enxerto. Em resumo, as unidades de sangue do cordão umbilical criopreservadas por longos períodos retêm potencial de enxerto e podem ser usadas para tratamento de pacientes com segurança e eficácia.
Leia o artigo na íntegra:
Suman Kumar Ray, Sukhes Mukherjee
O sangue do cordão umbilical geralmente é descartado como material indesejado após o parto; entretanto, hoje, é visto como um medicamento regenerativo. O sangue colhido do cordão umbilical é composto de células-tronco mesenquimais, células-tronco hematopoéticas e células-tronco não hematopoiéticas multipotentes, e tem mostrado muitos efeitos terapêuticos. Essas células-tronco são utilizadas para tratar doenças hematológicas e não hematológicas. Atualmente, inúmeras aplicações clínicas, com o uso do sangue do cordão umbilical humano, tem sido testadas em pesquisas clínicas.
Artigo de revisão, publicado recentemente1, relata que essas células apresentam vantagens quando comparadas a células tronco obtidas de outras fontes. Os trabalhos de investigação atuais demonstraram que cerca de 80 doenças, incluindo tumores sólidos, podem ser tratadas ou aliviadas utilizando células tronco do sangue do cordão umbilical e, todos os anos, muitos transplantes têm sido realizados eficazmente em todo o mundo. Esta revisão resume uma mudança de perspectiva em relação ao que foi concluído com a pesquisa de células do sangue do cordão umbilical e o banco de sangue do cordão umbilical, com base no fato de que as células do sangue do cordão umbilical podem ser criopreservadas e usadas em transplante ou ainda em medicina regenerativa.
Vinicius Campos de Molla et ali.
O sangue do cordão umbilical (SCU) é uma fonte alternativa de células-tronco para transplante de células-tronco hematopoéticas. O transplante de SCU apresenta menor incidência de doença crônica do enxerto versus hospedeiro (GvHD), mas está associado a um enxerto mais lento e a uma reconstituição imunológica mais lenta, em comparação com outras fontes.
As células dendríticas (DCs) e as células Natural Killer (NKs) desempenham um papel central no desenvolvimento de GvHD e efeito enxerto versus leucemia (GvL), bem como no controle de complicações infecciosas.
Nesse estudo, os autores compararam as concentrações de células e a frequência de leucócitos, em diferentes estágios de amadurecimento, no sangue do cordão umbilical e sangue periférico de indivíduos saudáveis. Concluindo que houve contagens mais altas de células NK e pDCs e contagens mais baixas de monócitos não clássicos em SCU do que em PB de indivíduos saudáveis. Essas descobertas podem explicar a menor incidência e gravidade da GvHD crônica, embora mantendo o GvL efeito, em receptores de transplante de do sangue do cordão umbilical, em comparação com outras fontes de células-tronco.
Dr. Marcos Roberto SAnches - Bio Tec - 20/06/2022
Através da subsidiária Cellpraxis, a maior empresa de coleta e armazenamento de sangue de cordão umbilical e placentário do país incentiva grande política de inovação no setor de Biotecnologia há duas décadas.
Rio de Janeiro, 02 de outubro de 2020 – Em todo o mundo, diversos Produtos de Terapia Avançada (PTAs)
– biológicos com fins terapêuticos, obtidos a partir de células e tecidos humanos que foram submetidos a um processo de fabricação – estão aprovados e sendo comercializados. Estimativas indicam que o mercado global do setor deve crescer exponencialmente, até 17,4% ao ano, chagando a US$ 9,6 bilhões até 20261. No Brasil, a regulamentação recente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) favorece os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento desse tipo de produto no país.
A partir de agora, a Cryopraxis, maior empresa de coleta e armazenamento de sangue de cordão umbilical e placentário do país, através da sua subsidiária CellPraxis, que incentiva uma grande política de inovação no setor de Biotecnologia há duas décadas, irá focar ainda mais esforços nos Produtos de Terapia Avançada (PTAs). – Esses produtos são uma grande promessa terapêutica para enfermidades complexas e sem alternativas médicas disponíveis e ao mesmo tempo um desafio ao desenvolvimento de mecanismos de controle que garantam a sua qualidade, segurança e eficácia – explica Eduardo Cruz, CEO da Cryopraxis. De acordo com Eduardo Cruz, Cryopraxis e CellPraxis darão continuidade ao desenvolvimento e aplicação de um de seus principais produtos, o PlasmaCord®. A formulação, que reúne em sua composição atividades anti-inflamatórias e imunomoduladoras, obtidas do sangue de cordão umbilical e placentário, está sendo testada inclusive no processo terapêutico da síndrome respiratória aguda grave decorrente da infecção em pacientes com a Covid-19.
– Estamos no limiar da verdadeira realização da terapia celular e da medicina regenerativa no Brasil. Até pouco tempo atrás, não havia um ambiente regulatório adequado, mas a Anvisa inovou e hoje o Brasil é o único país na América Latina com regras claras e definidas. Esse novo ambiente contribui não só para o desenvolvimento de novos Produtos de Terapia Avançada como coloca a indústria nacional no radar de investidores estrangeiros – afirmou o GM da CellPraxis, Hugo Cabrera da medicina regenerativa no Brasil. Até pouco tempo atrás, não havia um ambiente regulatório adequado, mas a Anvisa inovou e hoje o Brasil é o único país na América Latina com regras claras e definidas. Esse novo ambiente contribui não só para o desenvolvimento de novos Produtos de Terapia Avançada como coloca a indústria nacional no radar de investidores estrangeiros – afirmou o GM da CellPraxis, Hugo Cabrera da medicina regenerativa no Brasil. Até pouco tempo atrás, não havia um ambiente regulatório adequado, mas a Anvisa inovou e hoje o Brasil é o único país na América Latina com regras claras e definidas. Esse novo ambiente contribui não só para o desenvolvimento de novos Produtos de Terapia Avançada como coloca a indústria nacional no radar de investidores estrangeiros – afirmou o GM da CellPraxis, Hugo Cabrera.